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Queimadas em SP: a poluição do ar e os impactos na saúde

Aumento da poluição do ar tem graves consequências para a saúde da população
Queimadas causam problemas respiratórios e agravamento de doenças crônicas / Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Neste mês, São Paulo enfrentou uma das piores crises de poluição do ar de sua história, sendo classificada como a cidade com o ar mais poluído do planeta. As queimadas nas florestas e áreas rurais ao redor sufocaram a metrópole, transformando a questão ambiental em uma grave crise de saúde pública.

Essa situação resultou em um aumento significativo dos problemas respiratórios na população. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, entre agosto e a primeira semana de setembro, foram registradas mais de 1,5 mil notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave e 76 mortes.

Os mais de 124 mil profissionais da radiologia em todo o país estão na linha de frente, oferecendo diagnósticos precisos para o tratamento dessas doenças respiratórias. Segundo Francisco Almeida, professor e tecnólogo em radiologia, essa área tem sido crucial no monitoramento das alterações pulmonares. “Através de análises de imagens, os médicos podem identificar a extensão do comprometimento pulmonar e acompanhar a evolução da doença”, explicou.

A chefe da Área Técnica Ambiente, Trabalho e Câncer do Inca, Ubirani Otero, recomenda que as pessoas em áreas afetadas pela fumaça das queimadas adotem precauções, como evitar sair de casa, usar máscaras de proteção, beber bastante água e realizar a lavagem das narinas.

COMO TUDO ACONTECEU – No último dia nove, a qualidade do ar bateu um recorde negativo. Segundo dados do site suíço IQAir, especializado em tecnologia da qualidade do ar e que organiza um ranking com as principais cidades do mundo, a capital paulista teve o ar mais poluído do planeta.

São Paulo liderou o ranking suíço durante sete dias consecutivos e, no dia 16, apresentou uma melhora significativa na qualidade do ar. A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) informou que as medições realizadas indicaram uma qualidade do ar “boa” em todas as suas estações de monitoramento.

Entretanto, para os paulistanos, era visível um fenômeno à tarde: o sol parecia uma bolinha alaranjada por trás de uma névoa de poluição. De acordo com informações do Centro de Gerenciamento de Emergências, essa névoa seca é composta principalmente por fuligem resultante das queimadas florestais desde a segunda quinzena de agosto, somada à poeira e à poluição.

Essa situação deve continuar nos próximos dias, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), que lançou um alerta laranja de perigo para 14 estados, sendo que 8 estão em alerta vermelho. A melhora na qualidade do ar é esperada apenas com a chegada das chuvas.

QUEIMADAS NO ESTADO – Em nota, a Defesa Civil explicou que o período de queimadas no Estado de São Paulo geralmente começa com a chegada da estação seca, que ocorre entre os meses de maio e setembro. “Esse é o período em que o clima seco e a baixa umidade do ar favorecem o surgimento de focos de incêndio. O Estado entrou em alerta, e o Gabinete de Crise foi instalado em 24/08/2024”.

O INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) identificou 1.789 focos de incêndio no Estado de São Paulo. No momento, Bananal, Mococa e Cajuru estão sendo monitorados pelo Gabinete de Crise do Governo do Estado devido à ocorrência de incêndios em vegetação.

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