Na segunda-feira (15), o projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) será enviado ao Congresso para ser aprovada até o dia 30 de junho. Nele, o governo irá propor um aumento no salário-mínimo de 6,37% sobre o atual, chegando ao valor de R$1.502 para o ano de 2025, além da meta de déficit zero.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou esses dois pontos e explicou que não é um costume antecipar os dados do projeto antes da entrevista oficial, mas esses dois dados foram vazados.
Caso seja aprovado, o salário-mínimo terá um aumento de R$ 90 em relação ao atual. O percentual citado segue a nova regra de valorização do salário-mínimo, que leva em consideração o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), assim como, a inflação do período. Com isso, vale destacar que essa projeção ainda pode ser alterada caso, até o fim do ano, a inflação for maior ou menor do que o previsto.
A LDO é como um guia para o desenvolvimento do orçamento de 2025, além de enviar sinais ao mercado sobre como o governo está vendo a economia. Dessa forma, para o ano seguinte, o projeto também trará meta de déficit zero, e não mais de superávit do PIB, como previsto até o ano passado.
Até o momento, o governo considerava um superávit de 0,5% do PIB em 2025. Ou seja, seria possível arrecadar mais do que gastar, porém, para isso seria necessário um esforço muito grande. Logo, a área política do governo também pressiona a área econômica para flexibilizar a meta fiscal, isto para poder gastar mais nos próximos anos.
Para o governo, as metas projetadas inicialmente eram ousadas e, neste momento, é melhor manter a credibilidade de uma meta realista ao invés de trabalhar com previsões que não serão realizadas.