Entre setembro de 2022 e setembro de 2023, mais de 211 mil buracos em vias da capital paulista foram reparados. Ao todo, o crescimento no atendimento representa o aumento de 106,58% no número de buracos tapados no período mencionado.
Para atingir esses níveis, a prefeitura de São Paulo mudou a forma de recuperar as vias em que o asfalto virou buraco com o tempo. Metodologia, equipamentos utilizados, treinamento técnico dos operadores, material usado e os relatórios para aferir a qualidade trouxeram à Operação Tapa-Buraco mais eficiência no processo.
Além disso, a contratação de moto inspetores, responsáveis por fazer a primeira vistoria após a solicitação do munícipe, ajudou a diminuir o tempo de atendimento para demandas. Se em 2017 o Tempo Médio de Atendimento (TMA) era de 121 dias, entre a solicitação e a execução do serviço. Hoje, caiu para sete dias. Desde 2021, o TMA está abaixo da meta estipulada pela prefeitura de 10 dias.
“Hoje, o serviço de tapa-buraco tem números nunca apresentado na série histórica do programa. Realizamos, neste ano, mais de 110 mil vistorias. Esse trabalho é primordial para determinar, com precisão, o que é de competência da Prefeitura e o que não é, como nos caso de buracos de concessionárias”, conta a diretora do Departamento de Zeladoria Urbana da prefeitura de São Paulo, Juliana Ogawa.
Uma única ordem de serviço, gerada a partir do SP156, pode dar baixa em diversas demandas da comunidade, já que as solicitações se repetem para o mesmo evento. Dos buracos reportados pela população via SP156, em média, por mês, 2.500 são de competência das empresas concessionárias.
Para gerenciar serviços como o tapa-buraco, a SMSUB desenvolveu o Sistema de Gerenciamento de Zeladoria, o uso de tecnologia da informação e serviços inteligentes de zeladoria estão diminuindo o tempo de atendimento das solicitações feitas pelos munícipes. No que se refere à Operação Tapa-Buraco, de janeiro de 2019 até junho de 2023, foram tapados 726.156 buracos em toda a cidade.
Em 2019, A Secretaria das Subprefeituras contratou a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) para elaborar um manual para reparo em asfalto na cidade, inédito no Brasil. A definição dos equipamentos foi primordial para a qualidade do serviço. Hoje, a cidade de São Paulo é a única a possuir um manual de tapa-buraco.
Um dos destaques é o caminhão TBR, uma espécie de caixa térmica que armazena a massa asfáltica e mantém a temperatura ideal para a aplicação, permitindo que no transporte não haja perda da qualidade da massa nem das especificações técnicas.
“O asfalto, quando está em alta temperatura, fica mais fluído e fácil de trabalhar. Quando a temperatura cai, ele se torna mais duro, o que dificulta a compactação da mistura asfáltica. Por isso, o uso do TBR é primordial para a qualidade do serviço executado na cidade”, explica Ogawa.
Em 2022, os TBRs transportaram 406.406,11 toneladas, utilizados em 131 mil reparos no asfalto, que equivalem a uma área de 2.6 milhões m² e contemplam 148 mil buracos, além de consertos em guias e sarjetas (concordância).