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Fala de Lula sobre Israel tem efeitos diplomáticos e pode atingir economia

Relação entre governos israelense e brasileiro estremece, mas segue; possibilidade de rompimento preocupa agronegócio
Presidente brasileiro comparou ações de Israel em Gaza com o holocausto
Presidente brasileiro comparou ações de Israel em Gaza com o holocausto - Foto: Hugo Barreto / Metrópoles

As falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), feitas na última semana quando ele esteve na Etiópia, sobre as ações de Israel no combate ao Hamas têm tido repercussão mundial, com direito a resposta direta do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, gerando clima de apreensão sobre possíveis consequências.

Após Lula comparar as mortes de civis, principalmente mulheres e crianças, na Faixa de Gaza ao holocausto, o governo israelense se manifestou condenando a fala e convocando o embaixador brasileiro em Tel-Aviv, Frederico Meyer, para uma “reprimenda pública”. Em seguida, o presidente brasileiro passou a ser considerado “persona non-grata” em Israel.

Em resposta, o Itamaraty convocou Meyer de volta ao Brasil.

Na manhã desta terça-feira (20), o jornalista Caio Junqueira, da CNN, que está em Jerusalém, publicou uma matéria em que fontes do governo israelense afirmam que não há previsão de qualquer outra medida de retaliação ao governo brasileiro, como o rompimento das relações diplomáticas, como vinha sendo especulado. “Integrantes do governo do país disseram diferenciar o que é uma posição do governo da posição da população”, diz a publicação.

A situação muito interessa ao agronegócio brasileiro, já que, com a guerra entre Rússia e Ucrânia atrapalhando também a importação de fertilizantes e adubos russos, Israel passou a ser um aliado importante do setor. Na balança comercial brasileira, como um todo, a participação israelense é de apenas 0,2%, porém um rompimento diplomático, de todo modo, preocupa.

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