A justiça espanhola, na manhã desta segunda-feira (10) tomou uma decisão histórica: proferiu uma condenação num caso de racismo. Este importante passo em nome do combate ao preconceito de raça se deu justamente contra três torcedores do Valencia, time espanhol, que vitimaram o brasileiro Vinicius Júnior em maio de 2023.
Apesar de não ter sido a primeira injúria racial sofrida pelo craque do Real Madrid em território espanhol, o caso marcou o início de um grande movimento de reação antirracista em torno da figura de Vini.
Os três homens, que não tiveram seus nomes divulgados, foram identificados em meio a uma multidão que, no estádio de Mestalla, o chamavam de “macaco”. Um deles foi apontado pelo próprio Vinicius, sendo os outros três reconhecidos por câmeras.

Eles foram condenados a oito meses de prisão. A sentença também os proíbe de entrar em qualquer estádio de futebol na Espanha durante dois anos.
“Algoz de racistas”
Em suas redes sociais o jogador, que está a serviço da seleção brasileira para a disputa da Copa América, se posicionou dizendo não ser uma vítima de racismo, mas um “algoz de racistas”, e completou que a condenação não é por ele.
“É por todos os pretos”, disse o ponta-esquerda que hoje é um dos principais cotados a ser eleito o Melhor Jogador do Mundo.
Muitos pediram para que eu ignorasse, outros tantos disseram que minha luta era em vão e que eu deveria apenas "jogar futebol".
— Vini Jr. (@vinijr) June 10, 2024
Mas, como sempre disse, não sou vítima de racismo. Eu sou algoz de racistas. Essa primeira condenação penal da história da Espanha não é por mim. É por… https://t.co/NdezpJBjF2
