Nesta terça-feira (20), a deputada federal Carla Zambelli (PL) apresentou um pedido de impeachment do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por conta da crise diplomática vivida com Israel. O pedido chegou, na manhã desta quarta-feira (21), a 130 assinaturas, batendo o recorde de mais adesões a uma deposição na história do parlamento brasileiro.
O recordista anterior era o que deu origem à queda de Dilma Rousseff (PT), em 2016, que teve 124 assinaturas.
De acordo com o documento, o presidente Lula cometeu crime de responsabilidade ao comparar os assassinatos de mulheres e crianças cometidos pelo exército israelense na Faixa de Gaza com o Holocausto. A tese é de que Lula feriu o artigo 5° da Constituição Federal, que diz: “São crimes de responsabilidade contra a existência política da União: 3 – cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.
A maior parte das assinaturas vem, como já esperado, do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas também houve adesão de parlamentares filiados a partidos da base do governo.
Mesmo com a grande mobilização da oposição, analistas políticos apontam uma baixíssima probabilidade de o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), aceitar o pedido.